(Imagem: Arquivo Pessoal)

Um pré-candidato a vereador da cidade de Santana do Riacho, na região Central de Minas, foi alvo de ameças de morte na madrugada dessa sexta-feira (21). Uma pedra com um bilhete foi tacada dentro de sua casa e seu carro por pouco não foi incendiado.

Segundo Thomaz Dayrell, de 34 anos, que irá concorrer ao pleito municipal nas eleições deste ano pelo DEM, ele ficou muito assustado com a situação. “Por volta de 5h, eu escutei uma pessoa encostando na porta e, logo em seguida, lançaram uma pedra na minha casa, quebrando a janela do banheiro, que estava amarrada com o bilhete ameaçador”, contou.

No papel, está escrito: “Seu filho da p*. Tá achando que vai ganhar política doando cestas básicas pros outro. Vai ganhar um tiro na cara ou vou te mandar cadeia. Sai do meu caminho filho de quenga! O recado está dado. Ass.: O Capeta!”

Ainda de acordo com Dayrell, seu veículo, que estava do lado de fora da residência, também seria vandalizado. “Eu saí para fora para saber o que estava acontecendo e vi meu carro coberto de álcool. Eu tinha deixado um álcool na carroceria para me higienizar quando entrasse, e eles usaram para tentar colocar fogo, mas não fizeram, porém, furaram o pneu”, afirmou.

Conhecido como Thomaz da Lapinha, o homem, que atualmente é condutor ambiental e agente de turismo, não suspeita de alguém em específico que tenha sido o mandante do crime, mas afirma que as ameaças foram de cunho político. “É difícil a gente apontar para alguém. Mas eu sou pré-candidato de uma coligação que é de oposição à atual gestão, e temos incomodado bastante. O fato de questionarmos a prefeitura e eu ter me lançado candidato prova que estejam nos vendo como uma ameaça”, explicou.

A reportagem entrou em contato com o atual prefeito de Santana do Riacho, André Torres (PTB), para pedir um posicionamento sobre o caso. Ele afirmou que repudia o fato e disse que não faz ideia de quem seria o autor.

“Eu repudio qualquer tipo de atitude dessa. Para mim, isso não condiz com a realidade do município, pois aqui nós trabalhamos em cima da democracia. Todo mundo tem seus direitos e suas opiniões próprias, e ninguém é coagido a apoiar a atual administração”, disse.

“Eu acho que isso aí é mais particular lá da Lapinha (distrito), alguma rivalidade lá. Eu acho que não tem nada a ver com questão política. Eles colocaram aquele bilhete ali, daquela forma, pode ser para tentar disfarçar alguma coisa. Nosso aqui, não temos nenhuma índole desse tipo”, explicou.

Foi registrado um boletim de ocorrência na Polícia Militar, e o caso foi encaminhado à 5ª Delegacia de Polícia Civil de Jaboticatubas, na mesma região.

O Tempo

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