O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), confirmou na tarde desta terça-feira, 5, que os ataques incendiários a ônibus e locais públicos no estado partem de uma facção criminosa que atua no Brasil inteiro.
Até agora já houve ataques em 26 cidades mineiras, com mais intensidade no Sul e no Triângulo Mineiro. O motivo dos crimes seria retaliação ao “sistema penitenciário, que é um dos mais rigorosos do país”. Até a tarde de ontem haviam sido registrados em MG 51 incêndios a ônibus.
Locais públicos, como agências bancárias e dos Correios, e até mesmo prédios da segurança, como delegacias, além de Câmaras municipais, foram atacados. Quarenta e sete pessoas foram presas ou detidas desde então, dentre elas muitos adolescentes.
Pimentel se reuniu ontem no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, com os chefes das forças de segurança do Estado para discutir as ações que estão sendo tomadas para coibir ataques a ônibus em Minas Gerais.
“Aqui nós não afrouxamos o sistema carcerário para nenhuma organização criminosa. E é por isso que nós estamos pagando esse preço, sofrendo ameaças e sendo atacados. A política carcerária em Minas é uma política que cumpre rigorosamente a lei. Estamos tomando todas as providências para coibir esse tipo de crime”, afirmou o governador durante coletiva a imprensa.
O governador ressaltou ainda que as investigações correm em sigilo e uma força-tarefa já está atuando junto ao setor de inteligência das corporações. Uma das estratégias, segundo ele, é camuflar agentes à paisana em ônibus. A Polícia Militar também já reforçou o policiamento nas ruas nas regiões em que ocorreram os ataques.