O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou não ser o culpado pela soltura do criminoso André do Rap, acusado de chefiar o Primeiro Comando da Capital (PCC). O traficante foi libertado no último dia 10, após decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Superior Tribunal Federal (STF).
O chefe de Estado foi o responsável por sancionar a lei usada com base para a libertação do narcotraficante.
Para Bolsonaro, qualquer tentativa de responsabilizá-lo por isso é “falta de caráter” e garantiu “jamais colocaria em liberdade um elemento como esse, que de forma direta ou indireta, matou muitos policiais pelo Brasil todo, levou a desgraça a muitas famílias que se perderam e entraram em desespero por ver filhos envolvidos em drogas, mortes”.
O presidente ainda comentou a decisão para André voltar à prisão. Desde o final de semana, o traficante está foragido e entrou na lista de mais procurados do mundo.
“Quando saiu a decisão monocrática de um ministro, eu apanhei. Eu sou culpado de tudo, responsabilizado por tudo. Quando ele foi posto em liberdade, deram pancada em mim. Agora, nove ministros decidiram que ele deveria está preso. Quem tá certo? Os ‘nove’ ou o ‘um’?”, questionou.
Pandemia
Ainda em live nesta quinta-feira (15), Bolsonaro voltou a criticar medidas adotadas para frear o avanço da pandemia de Covid-19, além de garantir “estar acertando” palpites em relação ao vírus.
Ao comentar sobre o pedido da Organização Mundial de Saúde (OMS) para não haver bloqueio total na Europa, o chefe do Executivo afirmou “estar um passo à frente” do órgão.
“Temos aqui uma matéria de 1º de abril, parece Dia da Mentira, mas não é, não: ‘OMS diz que contenção de coronavírus inclui lockdown’. E, agora, seis meses depois, outra matéria: ‘OMS pede Europa para não utilizar confinamentos. Não fazer lockdown’. Acho que vou acabar indo para a OMS ou o Tedros Adhanom [diretor-geral da agência] continua lá? Está 7 a 0 para mim, não é 7 a 1, não: não perdi nenhuma ainda. Alguns acham que eu chutei, mas é muito chute para dar tudo certo. É questão de estudar, ir atrás, conversar com médicos, embaixadores”, declarou.
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