Estima-se que o complexo receberá aportes da ordem de R$ 5 bilhões até 2021. Deste montante, até o momento, R$ 2,8 bilhões já foram aplicados. Quando estiver em fase plena de operação, a geração de emprego será 1,2 mil colaboradores, entre diretos e indiretos.
Compromisso
O gerente-geral do Complexo Mineroindustrial de Serra do Salitre, David Crispim, afirmou que acredita muito em Minas Gerais. O investimento é uma prova disso. “O compromisso firmado com o Governo de Minas mostra a importância da agricultura para o Estado. “Além disso, demonstra o peso da indústria e da cadeia alimentar em Minas”, avaliou.
O complexo é o principal projeto da empresa no Brasil. Além dessa operação no estado, a unidade misturadora da Yara, em Uberaba, representa 12% do volume distribuído pelo país, atendendo todo o território mineiro e parte de Goiás. Recentemente, foram investidos R$ 7 milhões no Triângulo Mineiro em reformas, melhorias e adequações à legislação.
A unidade da Yara contempla toda a cadeia produtiva do fertilizante, que vai da mina à porteira do agricultor. A previsão é que cerca de 950 mil toneladas de fertilizantes fosfatados deixem de ser importados a partir da entrada em operação total do complexo.
Cerca de 80% do mercado de fertilizantes no Brasil é importado. Dados da Associação Internacional de Fertilizantes (IFA) confirmam que o Brasil é o maior importador mundial do produto. A maior dependência brasileira é pelo nutriente potássico (95%), seguido pelos nitrogenados (80%) e pelos fosforados (55%).
Os investimentos em Minas Gerais vão ajudar a diminuir a vulnerabilidade do agronegócio nacional, especialmente em relação às variações dos preços no mercado internacional e a questões logísticas globais, já que o Estado tem disponibilidade de recursos naturais e está próximo dos grandes centros consumidores, com uma distribuição facilitada.