A PEC da Reforma da Previdência estabelece um novo cálculo para o benefício do INSS – que entrará em vigor se o texto for aprovado pelo Congresso.
De acordo com as novas regras, o valor da aposentadoria passará a ser obtido a partir de uma média de todas as contribuições feitas ao longo da vida, inclusive, as mais baixas – o que pode reduzir o salário que o trabalhador irá receber ao se aposentar.
No sistema atual de previdência, as contribuições de menor valor são descartadas na hora de calcular a aposentadoria.
Trabalhadores contribuem para o INSS de acordo com o salário que recebem, em uma faixa que varia entre R$ 199,60 reais, para quem recebe um salário um salário mínimo – no valor de R$ 998,00 -, e R$ 1.167,89 reais, para quem recebe mais de R$ 5.839,45 reais.
Há ainda casos de trabalhadores autônomos que, muitas vezes, deixam para contribuir com o teto quando estão mais próximos de solicitar o benefício. Contudo, se o texto for aprovado como está, terão que mudar os planos de contribuição.
O professor da FEA-USP, José Roberto Ferreira Savoia, acredita que, quanto antes o trabalhador aumentar o valor da contribuição, menor será o prejuízo no futuro.
“Em quanto isso reduz? Pode ser em torno de cinco a oito por cento, em geral, dentro desse nível. Mas, como as novas regras vão alongar o tempo no mercado de trabalho, pode ser que as coisas se compensem, então, cada caso deve ser analisado”, explica o especialista.
No entanto, as pessoas que desejam um salário de benefício acima do teto pago pelo INSS também podem fazer um plano de previdência privada. Corretoras e bancos oferecem o serviço com aportes mensais a partir de trinta e cinco reais.
Porém, o professor alerta que é arriscado substituir a aposentadoria pelo investimento particular. “O que nós recomendamos é que as pessoas busquem outras alternativas, busquem novas formas de poupança, para ajudar na complementação da renda”, diz José Roberto.
SBT