Na manhã desta segunda-feira, 29, Silésio Miranda (PT) teve o mandato de vereador cassado durante sessão remota transmitida pelas redes sociais da Câmara de Uberlândia. No total, foram 24 votos favoráveis, mas a defesa do político afirmou que ainda vão tentar anular o processo de cassação.

A sessão teve início às 9 horas e durou aproximadamente 4h. Silésio usou a tribuna para tecer críticas ao processo de julgamento e afirmou que tudo foi um “jogo político”. Dos 27 vereadores, 24 foram favoráveis a cassação, sendo que Thiago Fernandes (PSL) estava cumprindo agenda em Brasília, Minéia do Glória (PP) não votou e Ronaldo Tannus (PL) presidia a sessão. Agora, o parlamentar ficará inelegível por oito anos.

Silésio foi acusado de quebra de decoro parlamentar após investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Operação Má Impressão, que apurou o uso de notas fiscais ideologicamente falsas de gráficas para recebimento de verba indenizatória da Câmara. De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), Miranda teria apresentado notas fiscais que não correspondiam com os serviços prestados ao gabinete. Durante as audiências da comissão processante, a defesa apresentou mais de 360 páginas com tabelas, gráficas e planilhas que esclareceram como as verbas indenizatórias tinham sido utilizadas.

Para TV Vitoriosa, o advogado Clóvis Mesiano Muniz, que faz a defesa do petista, informou que ainda há chances de anulamento do processo de cassação. A equipe do parlamentar deve estudar a possibilidade. Em entrevista a Rádio Vitoriosa, o ex-parlamentar afirmou que está com a consciência tranquila e que a verdade será reestabelecida. Ele ainda diz que provou a inocência na Câmara Municipal e não enriqueceu com a política. Questionado sobre a expectativa de voltar a se candidatar no futuro, Silésio se absteve da resposta, mas disse que continuará se posicionando sobre o cenário político.

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