Em um post nesta sexta-feira, 12, na página oficial do facebook, o governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) confirmou haver suspeitas de esquema de vacinação de servidores estaduais que não fazem parte do grupo prioritário.
O Secretário de Estado de Saúde Carlos Eduardo Amaral foi afastado do cargo esta semana, mas disse não ter cometido nenhum ato imoral ou ilícito. Ao todo, teriam sido vacinadas 806 pessoas fora do grupo de risco. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi aberta a pedido do Ministério Público de Minas Gerais para apurar o caso.
A CPI terá um prazo de 120 dias para investigar o desvio de recursos referentes à vacinação irregular de pessoas que estão fora dos grupos  prioritários definidos pelo Ministério da Saúde. Os deputados estaduais também vão apurar o baixo investimento em ampliação de leitos para enfrentamento da pandemia em Minas e a não aplicação do mínimo constitucional em serviços públicos de saúde.

A decisão pela instauração da CPI ocorreu após uma reunião de seis horas com a presença de parlamentares e do secretario de Estado de Saúde (SES), Carlos Eduardo Amaral. Ele teria confirmado a vacinação das centenas de servidores, por decisão própria. Muitos deles não têm contato com o público e portanto não têm prioridade, de acordo com o Plano Nacional de Imunização.

Com base nas informações, o presidente da ALMG, deputado Agostinho Patrus (PV), determinou a instauração da CPI. “Vamos investigar a fundo esses que se entendem como privilegiados em passar à frente na vacinação. Neste momento de pandemia, é um dos crimes mais graves”.

No lugar de Carlos Amaral assume o médico Fábio Baccheretti, atual presidente da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

Leia:

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Veja a nova publicação de Zema:
“Desde as primeiras informações sobre a vacinação de servidores estaduais fora dos grupos prioritários, determinei a imediata abertura de investigação pelos órgãos de controle interno do Estado para apurar possíveis irregularidades. Tudo deve ser esclarecido o mais rápido possível para prestação de contas e eventual punição de responsáveis.
No mesmo sentido, determinei o envio imediato à Assembleia Legislativa a lista de todos os servidores da Secretaria de Saúde que foram vacinados. Os atos de governo devem ser públicos e praticados com a máxima transparência e correção. É um princípio da minha gestão do qual não abro mão.”
 

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