A decisão foi tomada nesta quarta-feira (24), durante julgamento no Fórum de Araguari

Após quase sete anos de espera, a Justiça de Minas Gerais condenou Stefania Andrade Resende a 12 anos e 6 meses de prisão em regime fechado pelo acidente que matou três integrantes da família Monare, em outubro de 2018, na BR-050, entre Araguari e Uberlândia.

A decisão foi tomada nesta quarta-feira (24), durante julgamento no Fórum de Araguari. A acusada, que tinha 21 anos na época, foi julgada pelo Tribunal do Júri, mas não compareceu. A defesa havia solicitado que ela fosse ouvida por videoconferência, mas o pedido foi negado pela Justiça, e o processo seguiu sem sua presença.


O que o júri decidiu

O Conselho de Sentença reconheceu que Stefania:


Como a pena foi definida

Segundo explicou o advogado criminalista Adriano Parreira:

Foi solicitado pela defesa que a acusada fosse ouvida por videoconferência, o que foi negado pelo juiz. Então, o julgamento ocorreu sem a presença da acusada e nem mesmo o interrogatório dela em plenário. Houve aplicação do concurso formal de crimes, onde uma única ação resultou em mais de um crime. Nesse caso, o juiz pega a pena mais grave e eleva de um patamar de um quarto, o que resultou em uma pena final de 12 anos e 6 meses. Por haver condenação pelo tribunal do júri, o juiz já determinou de imediato o início do cumprimento da pena e a expedição de mandado de prisão para a acusada.


Defesa vai recorrer

A defesa tentou desclassificar os crimes para homicídio culposo (sem intenção) e lesão corporal, mas o Conselho de Sentença não acolheu.

Ainda de acordo com o criminalista Adriano Parreira:
O crime foi denunciado por homicídio qualificado pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Nesse caso, o conselho de sentença não reconheceu essa qualificadora, sendo condenada pelo chamado homicídio simples, que resultou nessa pena. A defesa já informou que vai recorrer da decisão.”


Indenização

Além da prisão, Stefania foi condenada a pagar R$ 300 mil em indenização por danos morais, valor destinado a Benjamin, hoje adolescente, único sobrevivente da tragédia. O juiz destacou o trauma psicológico irreparável sofrido pelo menino, que perdeu os pais e o irmão e presenciou toda a cena.


Relembre o caso

A produção do V9 Vitoriosa entrou em contato com a defesa solicitando um posicionamento sobre a sentença, mas até a publicação da matéria, não houve retorno.

Veja a seguir a matéria completa: