A ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, defendeu, na última terça-feira (27), a língua portuguesa e os direitos dos afrodescendentes, durante a 34ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, na Suíça.
Em seu discurso de apresentação, Luislinda afirmou que é preciso cuidar e manter a língua portuguesa, “ela também é universal”. E pediu aos 47 membros do Conselho de Direitos Humanos que avancem com uma Declaração dos Direitos dos Afrodescendentes.
“Não vislumbramos um futuro para a globalização sem a liberdade de não ser discriminado por sua origem (…) ou por preconceito de qualquer outra natureza. Por isso, temos defendido que se inicie, o quanto antes, as negociações para a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Afrodescendentes.”
De acordo com a ministra, deve haver ainda liberdade de religião, de credos e convicções e citou o presidente brasileiro, Michel Temer, na Assembleia Geral da ONU, em setembro passado, quando ele defendeu a educação de todos em matérias de direitos humanos, para “promover um ambiente de respeito e dignidade”.
Em sua apresentação, ela falou, ainda, dos direitos de crianças, povos indígenas, negros e das pessoas com deficiência.
Combate à corrupção
A chefe da pasta de Direitos Humanos comentou sobre o combate à corrupção que está sendo feito pelo Brasil e o enfrentamento ao desemprego e à crise no sistema prisional. E disse que o País “está de volta” ao cenário internacional e tem robustez nas suas instituições.
“Temos enfrentado, de forma diligente, consciente, a crise no sistema prisional, a criminalidade e a violência urbana, o desemprego aviltante e a pior recessão de que se tem memória. Estamos recolocando o Brasil nos trilhos,” falou.
Desembargadora aposentada, a ministra Luislinda Valois é considerada a primeira juíza negra do Brasil.
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